quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Estudar é uma obrigação. Evoluir, consequência


Eu demorei, mas aprendi que criticar diretamente não é a melhor forma para se cativar as pessoas. Ainda estou tentando praticar de forma mais eficaz, é difícil, muito difícil, mas funciona. Contudo, existem situações onde a crítica é inevitável. Infelizmente esses momentos existem e nós precisamos estar sempre preparados para eles ? tanto para criticar quanto para receber uma crítica. Mas fazer uma crítica sem motivo ou razão e, principalmente, sem um conhecimento sólido que dê credibilidade a ela, é, no melhor dos casos, desprezível.
O pior é que ultimamente, com tanta mídia gratuita por aí, eu tenho notado muita gente se empolgando e embarcando na onda de "crítico matador", e simplesmente querendo fazer o papel do grande sábio e conhecedor de todos os assuntos, criticando a tudo e a todos sem o menor pudor ? e na maioria das vezes, sem a menor autoridade para tal.

Alguns pensam que girando a metralhadora e disparando críticas para todos os lados serão mais respeitados, ou sair logo criticando com todas as forças algo novo e recém lançado é um grande negócio para auto-promoção, e até mesmo que a crítica é a melhor forma de "falar que sabe tudo do assunto".

Mas, assim como a síndrome do seniorismo, onde muita gente se tornou consultor senior de negócios após um ano de estágio, a síndrome do criticismo está se alastrando rapidamente. Hoje em dia todo mundo acha bonito criticar, todo mundo acha bonito falar mal, chamar o código alheio de porcaria (adoraram fazer isso com o twitter, recentemente) e por aí vai. E o pior, o que está alimentando essa nova síndrome é o comportamento da maioria que tem respeitado e tem até sentido uma pontinha de medo de quem adora criticar tanto.

É muito fácil criticar, aliás, qualquer um pode criticar, condenar e queixar-se ? e a maioria dos idiotas faz isso. Por vezes é muito mais simples e não requer esforço e nem conhecimento, basta disparar qualquer asneira e pronto. HEY, pessoal, acordem!

(...)

Eu não quero que este isso seja visto como uma crítica aos críticos, não é. De certa forma estou usando este espaço e escrevendo sobre isso exatamente pois tenho visto que muitos amigos e pessoas próximas com as quais tenho contato estão sofrendo da tal síndrome do criticismo. E isso é muito mais do que simplesmente chato, é frustrante.

A intenção é dar uma dica: estudem; estudem, ESTUDEM SEMPRE! Saibam ser humildes, tenham respeito pelo próximo e aprendam a admirar o trabalhos dos outros. Você será verdadeiramente respeitado e admirado ao dizer "- Parabéns pela sua implementação, sua idéia para resolver aquele problema foi ótima", muito mais do que criticando sem conhecer por pura falta de vontade e empenho em aprender; criticar de forma irresponsável somente vai trazer respeito e admiração de outros irresponsáveis e alienados.

(...)

Responsabilidade, humildade e maturidade devem estar sempre juntas para te ajudar a manter-se em seu lugar e saber quando e como expor a sua opinião.

Paulo César M. Jeveaux - fundador e diretor na Giran Soluções e Ensino

Twitter é rede de informação. E não mídia social


A afirmação é de Biz Stone, cofundador do site de microblog. Ele fez a declaração no dia em que Google e Bing fecharam acordo com a empresa para incrementar busca.

Biz Stone, um dos fundadores do Twitter, comemorou no Brasil o acerto de acordos assinados com duas grandes marcas do mundo digital: Google e Microsoft. Convidado pelo Grupo TV1 para se apresentar no segundo encontro Agenda do Futuro, realizado na noite desta quarta-feira, 22, ele deu os toques finais na negociação em São Paulo - e o anúncio foi feito nos Estados Unidos.

Com os acordos, os tweets (as mensagens de 140 caracteres) passam a constar das buscas feitas no Google ou no Bing, o sistema da Microsoft. Se alguém postar uma notícia a respeito de um evento em uma cidade, por exemplo, a informação entra na lista de resultados dos serviços. "Os acordos permitem uma busca melhor no Twitter. O search do Twitter só nos dá os últimos updates. Agora, com o Google e o Bing, que dominam o conhecimento da busca, o usuário poderá fazer uma pesquisa com maior valor", explicou Stone.

Assinar esse acordo reforça a filosofia do Twitter, que é a troca de informações, conforme salientou o cofundador. Em encontro com jornalistas antes de sua apresentação no evento da TV1, Stone comentou que procura manter uma relação aberta com todas as companhias possíveis, sejam elas de search, rede social, redes móveis ou redes de TV, com quem já teve algumas experiências nos Estados Unidos.

Nesse encontro, Stone reforçou palavras ditas durante o Festival de Cannes deste ano. Na ocasião, ao ser confrontado com comparações com o Facebook, ele afirmou que não via o Twitter como uma rede social, pois teria um papel mais complementar do que o site de Mark Zuckerberg. Em São Paulo, ele fez questão de enfatizar seu posicionamento. "Nós não nos consideramos uma rede social. Somos uma rede de informação". Isso porque os usuários continuamente reportam não apenas o que estão fazendo, mas o que está acontecendo ao seu redor, relatando de terremotos a protestos, entre outros temas que logo repercutem no mundo digital.

Também relembrando o que dissera em Cannes, quando avisou que começaria a ganhar dinheiro neste ano, Stone contou que passará a fazer receita em 2009, mas que não necessariamente será uma empresa lucrativa. Ele esclareceu que a companhia dedicou tempo e dinheiro para criar o "modelo de receita correto" para o Twitter. Como eles precisavam iniciar com algo, eles já deram largada em alguns experimentos.

"O primeiro projeto provavelmente será o de contas comerciais", afirmou. Isso significa serviços em que as companhias poderão medir seu sucesso no site de microblog - até o final do ano esse projeto deverá ficar pronto. "Há diversas corporações que utilizam o Twitter hoje, em uma atividade híbrida entre o marketing e o serviço de atendimento ao consumidor. Queremos fornecer um serviço adicional às companhias. Para que elas possam se tornar melhores twitters e seus seguidores possam ter uma melhor experiência. E, claro, para que o Twitter possa ganhar algum dinheiro".

No encontro Agenda do Futuro, que contou com 300 pessoas, Stone destacou alguns dos atributos que fizeram o Twitter crescer e conquistar tantos usuários (são mais de 44 milhões de cadastros, segundo dados de setembro). Além de contar como o site surgiu, o cofundador afirmou que a criatividade é uma fonte renovável e que é uma forma de superar obstáculos que antes pareciam intransponíveis.

Diversão

Um valor do Twitter, de acordo com Stone, é o humor. Isso ele provou contando a reação de outro fundador, Evan Williams, às críticas feitas ao site. Uma delas é que o site é divertido, porém não tem utilidade. A resposta de Williams foi "assim como o sorvete". Entre risos da platéia, Stone disse que eles vão continuar com a marca do humor.

Mas Stone voltou a ressaltar a posicionar o Twitter como um importante instrumento para compartilhar informação. Um exemplo dado para comprovar o poder que o site tem foi o de um estudante americano que esteve no Egito para participar de um protesto. Preso, ele postou uma mensagem no Twitter via celular: "arrested". Como as pessoas sabiam onde ele estava e o que tinha ido fazer, seus seguidores se mobilizaram e, algum tempo depois, ele enviou o recado que estava livre.

Com isso, Stone salientou que o Twitter não se trata de um triunfo da tecnologia, e sim da humanidade. Essa postura o leva a acreditar que o site tem um bom futuro pela frente. "Não acho que o que importa é quanto a tecnologia se desenvolveu. Tudo está relacionado com o quanto as pessoas se conectam às outras. Isso nós estimulamos".

Por outro lado, ele deposita grandes expectativas em relação ao mobile. Na conversa com os jornalistas, Stone reportou que há um crescimento expressivo do Twitter pelos celulares. No momento, o uso pelo site está estabilizado entre os norte-americanos, mas os acessos fora dos Estados Unidos vêm aumentando. Também cresce a utilização de aplicativos ligados ao microblog.

Solicitado na conversa com jornalistas a se definir em 140 caracteres, Stone respondeu que ficaria com apenas uma palavra: artista. Foi desse modo, como artista, que ele começou sua carreira. O desenho do passarinho que representa o site é dele. Mas o da baleia, não. Para quem não sabe, a baleia surge carregada por passarinhos quando o serviço trava em função do volume intenso de acessos ou dos problemas técnicos, fantasma que ainda persegue o Twitter, embora Stone diga que as pessoas têm visto um número menor de baleias ultimamente.

Lena Castellón m&m online

Por que investir em ações?



Tradicionalmente a maioria dos brasileiros investe seu capital na caderneta de poupança. O que mostra duas coisas: sua aversão a risco e falta de esclarecimento dos agentes financeiros sobre outras possibilidades de investimentos no mercado de capitais. Não invisto em ações porque não entendo muito a respeito, ou, não entendo de ações, por isso não invisto.

Uma tendência de não correr risco faz com que a maioria opte por investir nos ativos de renda fixa em detrimento aos de renda variável. Os investidores americanos na terceira idade, ao contrário dos brasileiros, investem suas economias em ações de empresas sólidas e boas pagadoras de dividendos, o que mostra como a cultura faz diferença. São necessárias ações afirmativas de marketing no sentido de esclarecer as vantagens, desvantagens e riscos que oferecem os mercados de ações.

O que posso fazer com meu recurso poupado? A resposta está no dilema risco versus retorno. Quanto maior retorno, maior o risco. Quanto menor o retorno, menor o risco. A maioria dos investidores brasileiros opta em investir seu capital poupado em ativos de renda fixa. Porque são previsíveis seus rendimentos e menos arriscados, com retornos menores comparados aos ativos de renda variável no longo prazo.

Optam pelo rendimento menor, porém, mais seguro. A previsibilidade do rendimento é o atrativo dos ativos de remuneração fixa, permitem planejamento, fácil execução e entendimento. Uma remuneração fixada indexada a taxa de juros, pode render menos, porém rende sempre. Um título de renda variável como o próprio nome diz é variável, essa variação pode ser positiva ou negativa do valor investido, portanto, mais arriscada, mais incerta, porém pode dar mais retorno sobre o capital investido.

As grandes instituições bancárias no Brasil, de forma tímida, têm tentado mudar esse quadro, ao disponibilizar novos produtos financeiros. Pecam por falta de capital humano capacitado nas agências bancárias para explicar esses novos produtos e pela facilidade de vender ativos de renda fixa, produtos mais simples e culturalmente aceitos pelos clientes em geral.

Encorajam pouco o investidor brasileiro em diversificar seu portfólio de ativos financeiros. Já as instituições reguladoras do mercado de capitais, estão aquém no que tange esclarecer ao grande público da excelente oportunidade de investir sua poupança em ações, no médio e longo prazo. Precisamos de ações afirmativas que possam no médio prazo trazerem novos investidores para o mercado de capitais.

Aos investidores conservadores, façam uma reflexão sobre a possibilidade de usar parte da poupança comprando ações. Ao adquirir título de renda variável, na prática está adquirindo parte da empresa, ou seja, a menor fração de capital de uma empresa. No momento está transferindo diretamente seu recurso para a empresa, esperando participar dos resultados, isto é, os lucros distribuídos. Essa opção de investimento possibilita canalizar a poupança para investimentos produtivos, gerando mais emprego e renda no futuro.

A empresa que abre o capital, lança ações no mercado, capta recursos de terceiros de forma barata, nesse caso diferente de um empréstimo bancário, não envolve o pagamento de juros. Qual o risco do investidor? O risco de uma péssima gestão falta de transparência com os acionistas, consequentemente, uma governança corporativa ruim. Bem menos complicado de tomar decisão de qual carreira devo seguir.

Meu caro investidor pense na possibilidade de fazer poupança de longo prazo através do mercado de ações. Separe a parcela de seus recursos que não farão falta no seu orçamento mensal e compre ações de empresas que paguem bons dividendos, tenham bons resultados, e tratem muito bem seus acionistas com transparência, seriedade e responsabilidade.


Único trabalho que terá é pesquisar essas oportunidades de negócios, ou pode se quiser procurar os fundos de ações e clubes de investimentos. A vida tem um risco muito maior e é mais imprevisível do que arriscar na bolsa.

Manfred Back - professor do curso de Administração do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana) e especialista em mercado de capitais.